INTER vs LA
Ú — Beira-Rio
11/02/2020 às 19h
Henze Saci
De novo
estamos diante da peleia mais importante do primeiro ano do resto de nossas
vidas até agora.
Escusado
dizer que não passar à próxima fase da “pré”
significa decepção prematura numa temporada de grandes anseios.
O
zero-a-nada da semana passada nos obriga à vitória.
Ou
seja, voltamos bem vivos mas com a rosca na mão.
O
alento fica por conta do fato de que Cudê
vem fazendo um bom trabalho (un beau
travail), implantando uma “filosofia vencedora” (que contrassenso um clube da
dimensão do S. C. Internacional ter passado a última década sob uma
“filosofia derrotista”...) e enfatizando sempre a busca intensa da vantagem no
placar (detalhe tão essencial nesse vício chamado futebol etc.), evidentemente sem descuidar da retaguarda... Afinal de
contas, gol não é a Pedra Filosofal — está logo ali, ao alcance quase imediato de quem tiver
ímpeto, preparo e categoria (além de sorte e caradura).
Tão longe, tão perto!
O lema
de Cudê não é aquele maionésico “Quem tem cu, tem medo”, mas antes “Quem tem
culhão, vai à Roma” — ou
aonde quiser!
Segundo
Heráclito de Éfeso (c. 540 – c. 480 a.C.), “Não se pode atravessar duas vezes
o mesmo Rubicão”, ou seja, cada peleia decisiva é como se fosse um Rubicão
novinho em folha, repleto de riscos e promessas. Atravessá-lo requer arrojo, portanto
não será levantando a saia pra não molhar que triunfaremos.
Até
agora, com apenas um mês de trabalho e várias figurinhas inéditas, a trupe do
Cudê tem proporcionado apresentações de razoáveis a boas; as novidades e
mudanças, bem como a permanência dalguns elementos contestáveis, tudo isso ecoado
e contrastado pela retórica duma nova era, torna normal haver desconfiança na
torcida, aquele pezinho um pouco atrás, o narizinho meio torto, hum... será que é brim coringa mesmo, não é
caô?
Cudê usa brim coringa, não encolhe!
(já vem encolhido)
Deixo de lado as minhas lucubrações acerca da natureza
do esquema cudeano, tipo qual a melhor configuração e dinâmica da equipa, e me
recolho a outras questões relevantes, e.g.:
os elétrons se comportam mais como onda ou mais como partícula quando não tem
ninguém olhando? à quadratura do círculo corresponde a circularidade do
quadrado? os números primos o são por parte de π (pi)? a Lua às vezes está
alguns graus pra lá de Bagdá? tomada não é focinho de javali? a bacia de
Nostradamus era de cobre, ou de alumínio? o avô ainda pode jogar videogame com
o neto? vampiro não tem sangue de barata? e por aí vai...
Enfim,
que Chacho ouse transpor nesta terça 11/02/2020 o seu primeiro Rubicão à frente
do Colorado, tão facilmente como atravessou o rio Uruguai em direção à Porto
Alegre, e possa dizer no Beira-Rio lotado, às margens do Guaibão enluarado:
Alea jacta est! *
* ou
(tanto faz) Jacta est alea! “Os dados
foram jogados”, “A sorte está lançada” (i.e.
deu-se um passo sem retorno).
Ancestral de Cudê atravessando o
Rubicão
Em suma: após completarmos o caminho de Santiago, vamos
acreditar que sim! podemos faturar o Santo Graal!
P. S.: a derrota do gremixo domingo pro Aimôre (sic) foi estratégia do Renatoba no
sentido de 1. desviar, um pouco
que seja, o foco colorado nesta terça; 2. no próximo sábado, pegar reservas/mistão caso avancemos na LA,
ou titulares abatidos caso fiquemos pelo caminho (toc-toc-toc!);
P.S. #2: as prioridades das gazelas são 1. ver o
Inter sifu na pré-LA; 2. derrotar Cudê no próximo
dérbi; 3. ganhar de novo o
Gauchonga.
AVISO
DE INUTILIDADE PÚBLICA:
Prezados Moscões, não se esqueçam de tascar a fèzinha (acentuação
mantida pelo acordo otográfico de 1971) antes
do apito inicial; deixo com o Ministro do Supremo Ludopédico a tarefa de
atualizar o balanço do Bukiméki.
E ANTES QUE EU ME ESQUEÇA:
— Ei, La Ú! vai tomar no cu!!!
(barbaridade...)