Afazeres complicaram a escrita do rescaldo do jogo entre Inter x Flamengo. Como ocorreu uma vitória do nosso colorado, podem dizer as más línguas que este autor é arauto da corneta.
Equivocam-se, contudo.
Pois hoje, domingo 05 (cinco) de maio de 2019, com mais tempo livre, mera coincidência se deu de que seja o dia posterior a mais uma normal e já rotineira derrota da equipe de OD. H e Melinho&Medeiros Cia Ltda.
Não há muito o que dizer. O título do presente posto, creio eu, diz o que deve ser dito: mais do mesmo. Mais uma derrota fora de casa. Mais um jogo fora de casa com postura amedrontada, sem criar uma única chance de gol.
Sejamos justos! OD. H e sua chefia, pelo menos, são homens de conhecimento histórico. Seguem à risca a frase do Senador da República Velha, Pinheiro Machado: "nem tão rápido que pareça fuga, nem tão devagar a ponto de sermos pegos".
No caso do futebol da beira-rio, adaptaram tal pensamento: "nem tão retrancado a ponto de não sofrer gol, e nem tão ofensivo, a ponto de criar oportunidades de tentos".
Isso é o inter, já de alguns anos. Toma gols como o de ontem, no qual o palhaço Deyverson - é um jogador caricato e artista, daí a qualificação referida - sobe sozinho na pequena área.
Mais uma vez, em três rodadas, o esquema baseado "na força física", "defensivo", é vazado.
E no quesito ofensivo, tampouco há assunto para debates infindáveis. Em 30 min de primeiro tempo, o time colorado não havia conseguido cavar sequer UM ESCANTEIO.
Nenhum chute a gol, em direção à meta, na segunda etapa.
Qual a diferença de perder de 1x0 (mais uma vez, o placar mínimo, o trivial, o basicão oferecido por OD.H's e "Misters 7a1" que "pensam" o futebol brazuca) e de 3x0?
A derrota é a mesma, os três pontos não virão.
A verdade é que impera no Inter o que um blôgo gremista - conhecido por qualificar a imprensa gaúcha de IVI - denominava SINPOF - sindicato do pontinho fora.
De fato eles têm razão: este sindicato existe. A imprensa está cheia de seus representantes. E o Inter é comandado pelos líderes desse pensamento.
Não há uma proposta de agredir o adversário, fora de casa. É só retranca, bola no guerreiro, algum cruzamento do D'Alessandro para a área e o Patrick levando a bola até o fundo para fazer um raio-x no adversário e tentar algo.
Chutar de fora da área é proibido, ao que parece.
Por outro lado, tampouco há de se falar em superioridade do time da agiotagem legalizada da Crefisa e "mamãe Leila". O Palmeiras é limitadíssimo em termos de jogo. Tem os melhores jogadores do Brasil, mas se resume a balão para a frente e arremessos laterais do Marcos Rocha para dentro da área.
Deixo aqui um exemplo de como se joga na Arena Palmeiras. E de como se triunfa (no caso, um empate, o "pontinho fora" tão sonhado por OD. H e Melinho&Medeiros).
Jogando na boa, mas atacando. Benedetto chutando. Receitas básicas.
Por fim, que seja ouvido na beira-rio o grande Cazuza, um dos maiores poetas da Música Brasileira. "Senhor, piedade, dessa gente retranqueira e covarde"
Os lances do jogo (dificil achar algum "melhor momento" nessa partida lamentável).
Forte abraço!
Claudemir "Clint" Lindenberg.