quarta-feira, 8 de maio de 2019

Eis o mistério da fé!

Ontem me senti um iluminado!

Algum daqueles seres que é abençoado por forças celestiais, com um dom único e capaz de alterar a vida dos seus semelhantes.

Pois foi exatamente o que ocorreu, caros confrades do ludopédio, ao assistir a contenda entre River Plate x Internacional.

De início cabe sublinhar que o termo "contenda" é discutível. De fato, foi uma partida amistosa, bem disputada, mas que não valia nada para ambas as equipes.

Contudo, nobres amigos, eis o mistério da nossa fé! A fé de ainda teimar em ver o Inter de Odara. O "paradoxo Odara".

FIAT LUX, senhores

Foi este o estalo que alego ser a benção de algo sobrenatural, de poder ver o que talvez poucos ou ninguém viu: Odara OD.H se livra dos grilhões da retranca e covardia QUANDO A PARTIDA NÃO VALE NADA, amigos!

Ontem, das 21h30min às 23h25min, diretamente de Buenos Aires, Argentina, para o mundo, pudemos apreciar tal revelação: EXISTE, EM ALGUM LOCAL SECRETO NOS PORÕES DA BEIRA-RIO, UM TIME/TÉCNICO/DIRETORIA SEM MEDO!

"Parede fazendo parede", tabelando. Nonato senhor da meia cancha, flutuando junto a Nico, Sóbis "Sr. Libertadores 'aura de campeão'". Uma equipe em que Iago e Zeca faziam atuação louvável, apoiando com qualidade. A zaga atuando com segurança.

Por alguns momentos, eu pensava estar em uma dimensão paralela. Na qual o treinador do Inter e sua chefia eram outras pessoas, mas sob a mesma aparência humana dos retranqueiros contumazes que conhecemos.

Não quero me jactar, mas em algo eu acertei: é inexplicável o que ocorre no Internacional.

De ficar retrancado e não dar um chute a gol no segundo tempo contra o palmeiras. De jogar com reservas bisonhamente e perder para o nabaredo da Chapecoense para a transformação em um esquadrão destemido, que sofre um gol irregular, mas vai para cima buscar o empate e a virada. Tendo, ainda, chances inúmeras de aumentar o placar até os 47 do segundo tempo.

Aqui vale o registro - "Popotker" cancha reta avestruz talvez seja o elo que nos conecte com o mundo real. Jogar de cabeça baixa, não olhar o companheiro livre na grande área para sepultar a partida e garantir grande e notório triunfo contra o atual campeão do certame demonstra que, de algum modo, ainda estamos atados à realidade medíocre que nos assola.

Não sei mais o que escrever. Estou desnorteado. Sempre disse aqui que sou teimoso e continuaria a assistir o Inter para vê-lo ser competitivo novamente.

Pois ontem, diante de tal metamorfose, fiquei perplexo. 

O paradoxo odara é cabal: jogar nada e morrer na praia de forma covarde, quando vale título e 3 pontos, ou apresentar-se com ímpeto, sem retranca, apenas em amistosos.

Quem sabe ainda tenhamos a chance de encontrar um salvador, aquele que nos anunciará a boa nova de que é possível jogar bem TAMBÉM QUANDO O JOGO É IMPORTANTE!




Como diria o eterno "mestre" Cabral: "Oremos!"


"Palavra da salvação",

Glória a vós, Senhor!

P.S: eis os lances do jogo. Não tive como citar algum lance em particular, pois pela primeira vez em alguns anos vi o Inter jogando como time grande também fora de casa. Momento de "forte comoção".



Forte abraço!

Claudemir "Clint" Lindenberg