É algo inacreditável o que ocorre na beira-rio.
Trouxeram este rapaz por meio de uma artimanha legal e
contratual.
E não o colocam em campo!
Fonte: YouTube
Os lances não mentem: algum potencial foi apresentado. Este
autor, como sói ocorrer com os corneteiros de carteirinha, duvidava: "como
pode, um 'craque' deste quilate ter 20 (vinte) anose ainda estar no
Huracan?", era o que me perguntava.
Me questionava, influenciado pelo viralatismo que nos
corrói, como nenhum grande clube europeu tinha contratado este rapaz. Como um
jogador que arrematava bem com a perna esquerda, tinha certa força física,
velocidade e fazia gols estava por aí, à disposição nossa e abandonado no futebol
sul-americano?
E aí está cerne de toda a questão: Sarrafinho é vítima de
sua qualidade. O seu único crime é jogar bem.
O seu único crime foi jogar bem.
Por isso a dúvida inicial. A descrença.
Estamos tão inebriados pela retranca e a mentalidade pequena
do pontinho fora, do empate nos grenais para levar aos penaltis, que acabamos
desconfiando de quem pode nos salvar.
E assim, qualquer daquele que pisar no beira-rio para
praticar o bom futebol e BUSCAR A VITÓRIA é (e será) considerado um criminoso
no Spor Club Internacional. Pois é o que se conclui diante dos jogos que
assistimos. Um clube dominado pela ideologia defensivista (mas que não defende
- tomamos gols todos os jogos), explicitada em um modo de jogar retrancado, que
abdica da bola, mas que não traz resultados. E nesta toada derrotista vamos
seguindo, ano após ano, nosso calvário que, de longe, já supera os sombrios
anos 90.
Ademais, vale ressaltar que a retranca de Odair nem de longe
lembra um cattenaccio. Pois não joga preparado para o contra-ataque. É um
amontoado de onze atrás da linha do meio de campo cuja mentalidade já está
impregnada pelo não jogar.
É o modus operandi de Odair, SWAT, Medeiros, e
todos os derrotistas pútridos que apequenaram o Inter e privam o clube e a
torcida de triunfos e lances de jogadores de qualidade como esse rapaz.
Privam-nos, também, de ver se o artilheiro do brasileiro de
2016 é de fato um bom centroavante ou foi um mero cometa que passou pela Ponte
Preta.
Pois não há como negar que transformar o artilheiro do
brasileiro de 2016 em marcador de lateral é um dos tantos exemplos desse
apequenamento da instituição.
Em suma, é neste cenário que um rapaz que demonstra ousadia,
vai pra cima, adentra à grande área, ARREMATA A GOL (e os faz), é tratado como
um pária, um cidadão que merece o exílio na RETRANCOPÓLIS de Odair.
Aqui alguns lances deste 2019 que demonstram o porquê da
reclusão do menino sarrafinho. Como admitir que o Inter tem chances de vencer e
fustigar o adversário? Meia articulador que entra na área e faz gol? Jamais!
Que bate de fora da área na gaveta? Nem pensar!
Fonte: YouTube
A ordem é clara e inequívoca: Mantenhamos o status quo!
Nada de rebeldia. 0x0 e pênaltis. Mesmo que seja com um greminho meia boca e em
crise. Mesmo que tenhamos Guerrero, Nico, Wellington Silva para jogar com
qualidade em cima da "zaga intransponível" do grêmio - que só triunfa
contra times médios, desde 2017.
Jamais Sarrafiore, Nonato, Wellington e qualquer outro que
tenha a característica de querer vencer, tratar a bola com algum carinho, irá
prosperar por ali. É preciso um basta! E isso começa com a saída desse
treinador.
PS.: Um treinador que protagoniza a cena da foto abaixo,
após um grenal cheio de controvérsias. Um treinador que ainda não venceu nenhum
grenal na arena e NENHUMA TAÇA. Esse treinador não pode continuar. Isso é
inadmissível.
O Futebol não é a vida. Com a devida vênia. Num cenário justo
e utópico da vida, um cara prepotente e salafrário como Renato fracassaria.
Cortez, o evangélico temente a Deus que vive de simular lances de penaltis,
seria considerado um herege e queimado na fogueira santa de Israel.
Contudo, não é o caso, pois futebol é outra dimensão. É a
dimensão da malandragem, da porrada - que o Inter retrancado não aplica -, da
ideia de vencer a qualquer custo.
Pois bem, a retranca e o bom-mocismo já nos cobraram um
custo e não nos trouxeram nada. Está na hora de mudar.
O que passa na mente de um cidadão para protagonizar cena
tão deprimente?
SARRAFINHO LIVRE!
Claudemir Lindenberg.
PS.: Contribuição, já tradicional, de Dom Gilson.