O Internacional é
inexplicável. Não há outra palavra que possa definir o clube nos ultimos dez
anos.
Já havíamos apontado
que a mediocridade impera na beira-rio. Achava, contudo, que isto se restringia
à pessoa do treineiro, "mister" (Luxa, querido,
saudades!) OD. H - Odaíra Hellman (homem do inferno, em tradução livre).
Entretanto, fomos
enganados! A mediocridade impera porque foi INSTITUCIONALIZADA.
O pacto de NÃO
ambição pela vitória é algo pensado pelo ALTO CLERO da instituição. E se
materializa diante de comportamentos notoriamente contraditórios desta corja
que conduz o futebol do Sport Club.
Pois Medeiros e
melinho são os "cabeças" do estratagema derrotista. E derrotista é a
palavra. Entrar com reservas em qualquer campeonato é, ao fim e ao cabo,
esperar e pleitear a derrota. E aqui não há concessões: NÃO HÁ OPINIÃO
CONTRÁRIA a ser tolerada, neste ponto.
Não ir com o melhor
de si, em qualquer situação, é aceitar a obtenção de resultados
insatisfatórios.
"Preservar
forças" é equivalente a não se esforçar ao máximo. Quem não se esforça ao
máximo tem mais chances de não obter aquilo que almeja.
Talvez - e meu receio
é que isto seja de caso pensado - o bando que dirige o Inter NÃO ALMEJA SER
CAMPEÃO BRASILEIRO. Quiçá por crer que é um campeonato longo, quiçá por ser um
bando de ananás, o fato é que estão jogando as fichas na libertadores.
Em suma, já não nos
basta a retranca e a falta de ambição dentro de campo. O que se constata é que
TAMPOUCO A DIRETORIA visa o sucesso e a taça.
Caso contrário, nada
explicaria um time reserva após uma semana sem jogos. E, pior ainda,
direcionando esforços em um torneio cuja classificação já está garantida - e no
qual o "segundo pote" avizinha-se extremamente competitivo, tirando
qualquer fundamento na busca pelo primeiro lugar do grupo.
Aliás, neste quesito,
o futebol se supera, visto que é uma das poucas modalidades esportivas que
permite essa "chinelagem" de poupar jogadores.
Imaginem tal situação
em outros esportes: não há como vislumbrar um jogador de tênis se poupando para
um próximo jogo. Para existir o próximo, o atual deve ser vencido.
A contradição da
diretoria, contudo, não se resume em "poupar atletas", mas também em
outros aspectos:
- Não
questionam o treinador a ponto de descobrir se há outro esquema de jogo?
- Por
que Pottker segue jogando no lado, se não logra construir uma jogada de ataque?
- Neilton?
E Wellington Silva, por onde anda?
Não questionar isto é
uma contradição para quem se diz perseguidor do brasileiro que já nos foge há
quatro décadas.
Ou ainda: por que
escalar Camilo e Alvez para o Brasileiro? Servem para o Brasileiro, mas para o
Gauchão, foram descartados?
Ver o Internacional
comandado pelos otomanos e o grupo de Carvalho, Medeiros, Melinho e companhia
faz recordar o clássico filme com Bill Murray e a musa Andie MacDowell:
"FEITIÇO DO TEMPO". Dia de jogo do Inter é o nosso "dia da
marmota" de Bill Murray. Tudo se repete: mais do mesmo; mais algumas
vitórias épicas contra os grandes de SP e RJ e mais os pontos de sempre
perdidos contra times médios e pequenos.
Remake da Beira-Rio é
"edição especial" de 40º Aniversário.
E isto tudo agora
servido com o bônus do "time misto".
Por fim, o mais
lamentável dessa derrota é que a Chapecoense é muito limitada. Tiveram as
chances quando o Inter se abriu, mas era jogo tranquilamente vencível para o
Inter. Neilton cabeceia em cima da zaga. Johnny Alvez perde um gol dentro da
área - embora tenha tido atuação mais relevante. E o zagueiro que acha que é o
Super-homem e abre os braços para sair voando. "Voar voar, subir subir,
entregar de novo eu vou!"
Trilha sonora do nosso zagueiro reserva e seus
arroubos de mito grego.
PS.: Vejam a
diferença de mentalidade. Entrevista de Zidane após a primeira derrota do Real
Madrid para o Rayo Valencano em 22 anos. ZIDANE. Cidadão que ganhou as três
últimas Champions League.
Dono de um currículo
invejável como treinador e jogador. Que poderia já estar satisfeito de tanto
vencer, mas não está. Enquanto isso, nosso treineiro mantém seu discurso
diplomático e surrealista para apoiar um grupo que não ganhou nenhum título.
"mas não posso sair daqui e dizer que houve
coisas boas. Não. Nada. Zero."
Eles querem me
liquidar. Zidane dando no meio de um grupo que ganhou a europa. E Odaíra
fazendo média para não perder o vestiário.
Só podem estar
querendo que nós paremos de acompanhar. Eu, pelo menos, sou teimoso. Vivi os
anos 90 e sobrevivi. Acalentava o sonho de ver o inter num mundial. E ele veio.
É tão dificil atender
um mero pedido de ser competitivo num brasileirão? Espero que não.
Não desistiremos.
Vamos continuar assistindo, nos incomodando, estressando. Até chegar alguém (ou
alguns) como Fernandão e Iarley, que queiram ganhar e nos brindar com vitórias
e futebol.
Forte abraço!
Claudemir
"Clint" Lindemberg.