sexta-feira, 30 de junho de 2023

Colorado de 01 a 29/07/2023

Texto: a definir

■◊●◊■

Atualização em 18/06/2023:

Ejetando Manot
Esperando Coudot

COMUNICADO

   A partir desta data (24/07/2023) estou de volta ao Buteko Às Moska's (a.k.a. Ruque-Raque), o qual decidi reabrir após alguns anos de abandono (excetuando-se dois eventos em meados de 2021, auge da pandemia).
   O estabelecimento em apreço fica de canto na quebrada Cul-de-Sac, com ambiente distinto e acolhedor, estilo Velho Oeste e uma pegada de puteiro (kitsch na veia!), ao som de free jazz alemão; os/as amigas/os estão todos/as convidadas/os (podem trazer a família, não necessariamente a sua; e se acaso não conseguir nenhuma, a gente empresta a nossa).
   O cardápio, improvisado na hora, inspira-se na nouvelle cuisine à la minute (N.B.: o prato do dia é servido à noite); pra reinauguração, a pedida é Coudot à la Belle Meunière, elaborado pelo chef D'jamarrot (leva bastante farinha de rosca, azeite de dendê e pimenta moruga scorpion); a título de harmonização, sugiro meu drinque autoral Fantasque: Fanta Raisin avec Țuică (eau-de-vie de prunes, i.e. cachaça de ameixa, Made in Transylvania) — sim, o Saci também é mixólogo! Como sobremesa (benhaventurados os que comem sobremesa...), temos três opções: figo brûlé, escargot com fios de ovos (esta é um pouco demorada) e tapioca à moda Ramsés (manjericão seco, azeite de oliva extravirgem, mel antivegano e gafanhotos frescos — este último ingrediente nem sempre está disponível). Ah, o cafezinho é por conta da casa. Aceitam-se todas las tarjetas, real (vivo ou pix), dólar e euro (libra não). Papiamento garantido, venham sem medo de gastar, e não esqueçam la bufanda ("— Minha bufanda vermelha! e a cachaça na mão!...")
   Agradeço em especial ao egrégio Minister, proprietário deste Ludopédio/Noticioso Colorado, no qual contribuí com dezenas de bostagens/póstchs (contei 67, começando em 29/2/2020 — como diria o Zé "macaco" Simão: "É mole?! é mole, mas sobe!"), alguns deles mais elaborados, outros lacônicos e inclusive tampax. ¡Hasta la bista!
Sem mais (nem menos),

Henzot

quinta-feira, 1 de junho de 2023

Colorado de 03 a 28/06/2023

Balanço do mês das mães:
  • 3 pontos de 9 no Brasa (com direito a derrota vexatória pro Humaitense);
  • 1 vitória essencial na Libertas (com o cu na mão, contra o zerado semiamador venezuelano); 
  • 1 eliminação traumática na Cobra (pro time que todo mundo queria ter pegado no sorteio).
Mano Menezes na eliminação do Inter para o América-MG (foto: Bruno Ravazzolli)

   Há três dias, na madrugada da fatídica quarta (31/5) pra quinta-feira pós-eliminação, passava das quatro quando fui dormir; ali pelas nove e meia acordei ao som de repetidas e variadas buzinas de navio ("sereias de nevoeiro") — pelo periscópio, espiei a pesada cerração no Beira-Rio & Environs*.
   Deitei de novo e fiquei pensando que esse era o quadro do Inter: após o tradicional "Ruas de Fogo" (título dum clássico dos anos 80, Streets of Fire), sobreveio como uma paródia natural o Streets of Fog; o estádio estava invisível e silente, envolto pelo fog e os foghorns (em vez dos sinalizadores vermelhos e do foguetório antes da decisão na véspera).
   Transportando essa imagem ao plano simbólico, temos um clube sem visibilidade, no qual nem dirigente, nem técnico, nem conselho, nem plantel nem torcida conseguem enxergar um palmo à frente do focinho, dependendo de sinais sonoros pra se comunicar e não colidir uns com os outros.
_______________
 * referência ao Finnegans Wake, 003:03.
   
Colorada/o, em caso de recidiva, dê o play e feche os olhos (repita a operação quantas vezes precisar): 
Cartoon Foghorns SFX
   
Bônus-traque:
Scooby doo foghorn sound

   Adentramos no mês dos namorados e das festas juninas. 
   O calendário nos reserva o mesmo número de jogos que o mês passado (seis, igualmente dois em casa), mas "com uma competição a menos pra se preocupar", em que pese o lamentável prejuízo financeiro — essa é a mentalidade da dupla Barcelino & Mano Mané, um misto de realismo e mediocridade.
   Já a torcida, sentindo o bafo do báratro, mentaliza cada vez mais um único número: 45. É claro que de repente as coisas podem melhorar, o pessimismo talvez se dissipe e a gente consiga dar a "volta por cima". No entanto, faz tempo que a relação entre Inter e torcida se traduz pela música "Paroles... Paroles..."  nada além de promessas e decepções.
Dalida & Alain Delon - Paroles, paroles (1973)